Oniomania (do grego onios, à venda, e mania, insanidade) é o termo técnico para o desejo compulsivo de comprar que está dentro do espectro Obsessivo compulsivo. O termo foi inicialmente utilizado por Kraepelin em 1915 e Bleuler em 1924. Embora tenha sido descrita há mais de cem anos, só nos últimos 15 anos a doença voltou a ser estudada, o que faz com que seja virtualmente desconhecida nas discussões sobre saúde mental. No entanto, o quadro parece estar a aumentar globalmente já que o terreno para seu desenvolvimento é fértil no mundo moderno, com o advento de catálogos de compras pelos correios, canais de televisão dedicados às vendas e compras pela Internet.
Como reconhecer se você é um comprador/a compulsivo/a?
Os compradores compulsivos, quando se sentem deprimidos compram ou gastam para sentir-se melhor. Para eles comprar é uma fuga ao seu desconforto, de certa forma semelhante a um toxicodependente, que usa drogas para conseguir um alivio da sua vida de sofrimento. As compras compulsivas afetam mais mulheres que homem e em geral o comprador gasta em coisas que não precisa. Por vezes o comprar cresce em bola de neve aumentando o preço do impulso.
As festas de fim de ano ou datas comemorativas caracterizadas por compras fazem com que todos nós gastemos mais do que planeamos. Mas um comprador compulsivo apresenta diversos períodos de festa, ele inventa obrigações para que justifique aquela compra. Na casa de um comprador compulsivo podem se encontrar pilhas de objetos comprados ainda com as etiquetas. Muitas vezes compra-se roupas ou sapatos que não é o seu numero. Mas são lindos de morrer!
Alguns nem mesmo se lembram de tê-los comprado. Quando a família começa a reclamar do comportamento, o comprador compulsivo começa a mentir ou a comprar escondido e a esconder os objetos pela casa. Conforme as dívidas começam a minar os relacionamentos interpessoais.
Tratamento
Há uma grande controversa relativamente a esta perturbação, pois não está bem definido na literatura científica, diversos tratamentos tem sido propostos:
- psicoterapia (seja ela psicanalítica, cognitivo-comportamental)
- tratamento com medicamentos para os casos mais graves, pois estes doentes tiveram um grande défice de serotonina.
- mudança de hábitos.
Mudança de hábitos - Aprender a controla-se
Para prevenir compras compulsivas, e a maior parte destas pessoas têm vergonha em admitir o problema a um estranho ou profissional da área da saúde mental, passo a dar algumas dicas para a auto ajuda. Relembrando que nos casos graves de pensamentos obsessivos tem mesmo que procurar um psicólogo especializado na área clínica.
- compre apenas com dinheiro e cartão de débito.
- Levante pequenas quantidades, só para o que necessita.
- Destrua os seus cartões de crédito, deixando apenas um guardado num local seguro para o caso de emergências, mas deixe em casa.
- Faça listas de compras e só compre o que está na lista
- Evite lojas em promoção. Se você for a uma, tenha a quantia certa de dinheiro que queira gastar consigo.
- Só passeie para ver montras quando as lojas já estiverem fechadas. No caso de ir para o shopping, deive os cartões todos em casa e leve o dinheiro que pode gastar.
- Não receba catálogos de compras por telefone ou internet em casa. Não assista canais de vendas. Não visite sites de compras on line.
- Se for viajar para ocasiões festivas, compre os presentes e embrulhe-os antes mesmo de sair de casa.
- Identifique e nomeie os sentimentos: porque compra? Porque está deprimido/a? Porque está chateado/a ou preocupada/a? Porque se sente mal?
- Exercite-se quando o impulso de comprar aparecer.
- Pergunte-se "E se na hora de me dar aquela vontade eu não comprar? o que me acontece?
- Evite lugares e pessoas que fazem com que gaste dinheiro.
- Leve um amigo/a em quem possa confiar se tiver que fazer compras.
- Pergunte a si mesmo: eu realmente preciso disto ou eu vou comparar para me aliviar?
- Lembre-se: se está a sentir que a situação das compras compulsivas estão fora do controle procure ajuda.
Sem comentários:
Enviar um comentário