Quando ouvimos as noticias de assassinato ouvimos também "Ele era um homem pacato, com uma vida normal..."
Assusta para todos, pois elas parecem comuns, ninguém tem escrito na testa psicopata. E, no entanto, a incapacidade de sentir empatia pelo outro revela claramente que elas não são iguais a nós e à maior parte das pessoas: psicopata não tem semelhante.
Normalmente a psicopatia é associada a pessoas violentas, com aparência de assassinas e que podem ser facilmente identificadas. Mas, diferentemente do que se costuma acreditar, psicopatas, em sua grande maioria, não são necessariamente assassinos pois os psicopatas podem permanecer por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos, sem que se active essa situação.
Os actos criminosos provêm de um raciocínio frio e calculista combinado com uma total incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos, eles não são considerados loucos, não sofrem de alucinação ou apresentam sofrimento mental, eles têm um propósito, um objectivo e condicionam a sua ação para esse propósito.
O pai que mata o próprio filho, e envia uma fotografia para a mãe, depois de uma discussão, o objectivo é feri-la. Deixa-la perturbada. Despertar a sua atenção. Se ela gosta de um objecto, vou destrui-lo e mostra-lhe. Se for uma planta, o telemóvel, no caso era o filho. O objetivo foi cumprido racionalmente.
Os psicopatas vivem incógnitos, em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, religião ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, casam-se, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria das outras pessoas. Apenas em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Na maior parte dos casos, eles não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns. No entanto, são desprovidos de consciência/culpa e, portanto, destituídos do senso de responsabilidade ética, que é a base essencial das relações emocionais.
"Sei que é difícil de acreditar, mas algumas pessoas nunca experimentaram ou jamais experimentarão a inquietude mental, ou o menor sentimento de culpa ou remorso por desapontar, magoar, enganar ou até mesmo tirar a vida de alguém. Admitir que existem criaturas com essa natureza é quase uma rendição ao fato de que o ‘mal' habita entre nós, lado a lado, cara a cara", em Mentes Perigosas.
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