A Amaxofobia afeta 3 em cada 10 condutores, alguns deles já não se consideram condutores. A perturbação é determinada por um medo irracional de conduzir, diferente da apreensão inerente à grande circulação diária de veículos, circulação nocturna ou mau estado do tempo, circunstâncias capazes de dificultar a condução.
Podemos dizer que amaxofobia evidencia-se quando o trânsito passa a ser percebido como uma ameaça irracional e conduzir gera níveis de ansiedade e stress anormais interferindo no nosso dia a dia.
A ansiedade surge da experiência com eventos adversos que intensificam processos internos, além de suprimir alguns comportamentos operantes.
A sensação de falta de controlo que esta experiência desconfortante produz, seguida por uma série de pensamentos catastróficos a respeito da experiência, causa um choque emocional e um forte receio diante da possibilidade de que a crise se repita e produza realmente um acidente rodoviário.
De modo geral, os amaxofóbicos costumam reagir de duas maneiras:
1. restringem as estradas pelas quais circulam;
2. deixam de conduzir;
Este comportamento dá-se de forma gradual ou radical, pois o individuo acredita que deixar de conduzir é a solução para o seu problema.
Alguns especialistas afirmam que o comportamento de recusa torna os indivíduos negativos e inflexíveis. Desta forma, comportamentos observados em consultório como atitudes rígidas, perfeccionismo, crenças e expectativas catastróficas na maneira de perceber seu desempenho no trânsito e, sobretudo uma selecção errada dos estímulos relevantes para tomar decisões adaptadas à exigência da situação também são factores que devem ser explicados.
Abordar o tratamento para a amoxofobia é da responsabilidade de um terapeuta comportamental e cabe a este demonstrar a acção dos eventos adversos na vida do cidadão amaxofóbico, bem como auxiliá-lo a discriminar como esses eventos adquiriram as funções adversas.
Para os terapeutas, divide-se o processo de extinção em pequenos passos e cria-se uma escala crescente de intensidade registando quais os estímulos relacionados, que ao conduzir causam maior ou menor medo.
Ao dar início ao processo, é explicado como conduzir, descrevem-se os erros e as consequências e detalhadamente a forma correcta de o fazer.
A pessoa é orientada ainda sobre alguns componentes necessários ao tratamento:
a) componentes da ansiedade;
b) funções dos eventos adversos;
c) discriminar as sensações do corpo;
d) respostas ao medo;
e) habilidades no controlo de emoções.
A hipnoterapia na maioria dos casos tem resultados eficazes e progressivos
O tratamento com hipnoterapia não é invasivo, é 100% seguro e livre do uso de medicamentos.
É indicada para o tratamento complementar de problemas psicossomáticas, distúrbios, disfunções sexuais, dependência de drogas e outras aplicações.
Portanto, a hipnose é uma das melhores ferramentas e instrumentos para enfrentar, encarar e superar o medo de dirigir. Posteriormente à classificação das possíveis causas que levaram a tal medo, inicia-se com as técnicas visando a solução. Busca-se um fortalecimento inicial do paciente, em seguida pode-se fazer progressões de idade, por exemplo, colocando a pessoa num estado de relaxamento e de enfrentamento da situação, ou seja, imaginar-se dirigindo de uma forma guiada e segura. Aos poucos, a mente começa a aceitar a ideia com normalidade, até chegar o momento de sentir-se segura para fazer uma autoescola ou mesmo voltar a dirigir. Com a hipnose também serão trabalhadas cada uma das possíveis causas, como o perfeccionismo, o medo de errar e a ansiedade.
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