Sally Shaywitz refere alguns sinais de alerta que acrescentámos outros
NO JARDIM-DE-INFÂNCIA E PRÉ-PRIMÁRIA:
- Linguagem “bebé” persistente.
- Frases curtas, palavras mal pronunciadas, com omissões e substituições de sílabas e fonemas.
- Dificuldade em aprender: nomes: de cores (verde, vermelho), de pessoas, de objectos, de
lugares...
- Dificuldade em memorizar canções e lengalengas.
- Dificuldade na aquisição dos conceitos temporais e espaciais básicos: ontem/amanhã;
manhã/a manhã; direita/esquerda; depois / antes...
- Dificuldade em aperceber-se de que as frases são formadas por palavras e que as palavras se
podem segmentar em sílabas.
- Não saber as letras do seu nome próprio.
- Dificuldade em aprender e recordar os nomes e os sons das letras.
3. NO PRIMEIRO ANO DE ESCOLARIDADE:
- Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas.
- Dificuldade em associar as letras aos seus sons, em associar a letra “ éfe ” com o som [f].
- Erros de leitura por desconhecimento das regras de correspondência grafo-fonémica: vaca/
faca; janela/chanela; calo/galo...
- Dificuldade em ler monossílabos e em soletrar palavras simples: ao, os, pai, bola, rato...
- Maior dificuldade na leitura de palavras isoladas e de pseudopalavras “modigo”.
- Recusa ou insistência em adiar as tarefas de leitura e escrita. ~
- Necessidade de acompanhamento individual do professor para prosseguir e concluir os
trabalhos.
- Relutância, lentidão e necessidade de apoio dos pais na realização dos trabalhos de casa.
- Queixas dos pais e dos professores em relação às dificuldades de leitura e escrita.
- História familiar de dificuldades de leitura e ortografia noutros membros da família.
A PARTIR DO SEGUNDO ANO DE ESCOLARIDADE:
1. PROBLEMAS DE LEITURA:
- Progresso muito lento na aquisição da leitura e ortografia.
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- Dificuldade, necessitando de recorrer à soletração, quando tem que ler palavras
desconhecidas, irregulares e com fonemas e sílabas semelhantes.
- Insucesso na leitura de palavras multissilábicas. Quando está quase a concluir a leitura da
palavra, omite fonemas e sílabas ficando um “buraco” no meio da palavra: biblioteca /
bioteca...
- Substituição de palavras de pronúncia difícil por outras com o mesmo significado:
carro/automóvel...
- Tendência para adivinhar as palavras, apoiando-se no desenho e no contexto, em vez de as
descodificar.
- Melhor capacidade para ler palavras em contexto do que para ler palavras isoladas.
- Dificuldade em ler pequenas palavras funcionais como “aí, ia, ao, ou, em, de... ”.
- Dificuldades na leitura e interpretação de problemas matemáticos.
- Desagrado e tensão durante a leitura oral, leitura sincopada, trabalhosa e sem fluência.
- Dificuldade em terminar os testes no tempo previsto.
- Erros ortográficos frequentes nas palavras com correspondências grafo-fonémicas
irregulares.
- Caligrafia imperfeita.
- Os trabalhos de casa parecem não ter fim, ou com os pais recrutados como leitores.
- Falta de prazer na leitura, evitando ler livros ou sequer pequenas frases.
- A correcção leitora melhora com o tempo, mantém a falta de fluência e a leitura trabalhosa.
- Baixa autoestima, com sofrimento, que nem sempre é evidentes para aos outros.
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